O corredor espanhol Mohamed Katir, conhecido por seus feitos nos 5.000 metros, recebeu uma suspensão de quatro anos da Unidade de Integridade do Atletismo (AIU) devido a violações envolvendo sua localização e documentos falsificados durante uma investigação. Esta penalidade prolonga sua inelegibilidade para competições até fevereiro de 2028.
Em um primeiro momento, em 2024, Katir já havia sido suspenso por dois anos após confessar três falhas em reportar sua localização ao longo de 2023. Tais problemas são sérios, pois, conforme as diretrizes da WADA (Agência Mundial Antidoping), os atletas devem estar disponíveis para testes antidoping fora de competições, durante uma hora diária. Três infrações em um ano são consideradas uma quebra das normas.
A situação de Mohamed Katir complicou-se ainda mais quando se descobriu que ele havia falsificado documentos de viagem, como itinerários, cartões de embarque e comprovantes de reservas, numa tentativa de enganar os investigadores. Esses registros fraudulentos foram determinantes para o prolongamento da sua punição pela AIU.
A falsificação documental é uma violação grave das regras antidoping e afeta a integridade esportiva. Contudo, o Tribunal Disciplinar optou por não acatar o pedido da AIU de desqualificar os resultados de Katir a partir de 9 de março de 2023, argumentando que as transgressões não geraram vantagem competitiva.
As falhas em reportar a localização são encaradas com extrema seriedade no âmbito esportivo, pois garantem que os atletas estejam sujeitos a testes antidoping de forma justa e imprevisível. A World Athletics exige que os competidores forneçam informações precisas sobre sua localização para serem testados a qualquer momento dentro do horário estipulado.
No caso de Katir, as três falhas num ano resultaram numa violação das normas antidoping. Ele terá de cumprir sua suspensão de quatro anos, que ocorrerá simultaneamente à punição anterior.
O diretor da AIU, Brett Clothier, enfatizou a importância das normas antidoping para manter um ambiente competitivo equitativo. Ele ressaltou que a maioria dos atletas de ponta segue essas rígidas diretrizes, e os esforços para preservar a integridade esportiva devem ser reconhecidos.
Ainda que a decisão de não desqualificar os resultados de Katir tenha gerado controvérsias, o foco permanece na necessidade de assegurar a equidade e a integridade no atletismo, em todas as suas disciplinas.
Com a suspensão, Mohamed Katir ficará afastado das competições até 2028. Esse longo período sem atividades competitivas pode afetar sua trajetória profissional, especialmente porque o corredor estava em seu auge aos 26 anos, quando as investigações tiveram início.
O caso de Katir serve como um alerta sobre as sérias repercussões da violação das regras antidoping e a relevância da honestidade e integridade dos atletas no cenário esportivo.
